Metas Literárias 2015 #1: Resenha de A Noite dos Mortos Vivos, de John Russo

Resenha a noite dos mortos-vivos

Título: A Noite dos Mortos Vivos

Título Original: Undead: Night of the Living Dead

Autor (a): John Russo

Tradutor (a): Lucas Magdiel

Editora: Darkside

Ano: 2014

Número de pág.: 154

Nota: Quatro estrelas

Sinopse

A Noite dos Mortos-Vivos - A história que deu início ao apocalipse zumbi, pela primeira vez no Brasil. Do roteirista de George Romero. Dois livros em um: inclui A Volta dos Mortos-Vivos. — “Seu livro… me guiou através do meu primeiro filme.” Quentin Tarantino

Resenha

“A morte é o fim de toda a vida. Quando sopra a brisa alegre de uma nova vida, ela não se importa com a antiga vida, e quando chega a hora, morre também.”

Começamos a história com Bárbara e seu irmão, Johnny indo ao cemitério visitar o túmulo de seu pai. Johnny fica extremamente irritado com a distância que eles percorreram e decide assustar sua irmã dizendo que os mortos iriam acordar e atacá-la. E para a surpresa dos dois, é exatamente isso que acontece.

 Um homem ataca Bárbara e seu irmão é morto e devorado ao tentar salvar a menina. Tentando fugir daqueles seres terríveis, a garota acaba chegando a uma fazenda, aonde, logo depois, um homem chamado Ben aparece fugindo de um grupo de zumbis e encontra Bárbara em estado de choque, a tal ponto de se desligar do mundo ao redor.

     Conforme Ben começa a proteger a casa com barricadas e barreiras de madeira, a fim de evitar a invasão dos seres mortos, ele descobre que mais cinco pessoas estavam escondidas no porão - Harry Copper, junto com sua esposa Helen e filha Karen e o casal de namorados Tom e Judy.

    

     É a partir desse ponto que a história começa realmente desenrolar e assistimos esse grupo de pessoas, tentando fugir daquele lugar, rodeados de mortos sedentos de carne. Nos noticiários, transmitidos de uma em uma hora, dizem que é provável que esses acontecimentos tenham origem em uma sonda que foi enviada a Vênus, mas que teria caído no Atlântico causando uma grande radiação que atingiu todo o Mundo.

“Que coisas poderíamos aprender com os mortos se eles encontrassem um modo de voltar para nós, de voltar dos mortos?

Seriam nossos amigos? Ou nossos inimigos?

Saberíamos como lidar com eles? Nós... que nunca superamos o medo de encarar a morte.”

Ao ler a Noite dos mortos vivos, tive a impressão de estar acompanhando um filme de terror ao vivo. Cada descrição me remeteu a uma imagem cinematográfica. É meio surreal, pois parece que cada personagem foi pensando e trabalhado para transparecer na tela da TV, chegando alguns a serem clichês e previsíveis.

O livro é escrito em terceira pessoa com o narrador universal. A narrativa é curta, mas intensa, acredito que ela foi explorada no ponto certo, de forma detalhada, contudo dinâmica, sem ser prolixo ou supérfluo.

“Tudo parece tão breve, tão... inútil, não é? Viver um pouquinho e depois morrer? Tudo parece resultar em nada.

Ainda assim, de certa forma, é fácil invejar os mortos.

Eles estão além da vida, além da morte.

Têm sorte de estarem mortos, (...). Estão debaixo da terra, alheios... alheios ao sofrimento, alheios ao medo de morrer.”

Achei o final um pouco previsível, mas é um livro muito bem descrito e que me deixou nervosa e assustada e algumas partes, assim como ansiosa antes de dormir. No que diz respeito às descrições das cenas de ação, penso que as mesmas ficaram perfeitas, sem serem esticadas demais ao ponto de se tornarem maçantes, ou pequenas demais ao ponto de serem superficiais.

É o primeiro livro de zumbis que leio e penso que comecei muito bem, pois é angustiante acompanharmos o desenvolver da história, uma vez que a cada segundo as situações mudam, raramente para melhor, e isso nos leva a um estado de tensão enorme e inexplicável.

“A morte é o fim de toda a vida. Quando sopra a brisa alegre de uma nova vida, ela não se importa com a antiga vida, e quando chega a hora, morre também.”

Acho importante dizer que a edição da Darkside está muito bonita visualmente, entretanto a revisão deixou muito a desejar, uma vez que encontrei muitos erros de grafia, pontuação e mais, porém nada que atrase ou modifique a leitura, mas é algo perturbador e chocante pela quantidade de erros em um livro de uma editora tão grande.

Eu não vi o filme do qual o livro se originou, mas sei que foi dirigido por George Romero em 1968 e é um dos grandes clássicos de terror do cinema internacional. Eu gostei muito da leitura, mas não será um dos favoritos do ano, principalmente devido aos erros que encontrei, diante disso, a nota que dou ao livro é quatro estrelas.

Bem LivroManíacos, esse foi o primeiro livro pertencente a meta de 2015, a próxima leitura será Peter Pan. Não esqueçam de deixar a opinião de vocês.

Beijos

Carol