Resenha de "Sejamos Todos Feministas", da autora Chimamanda Ngozi Adichie

Título: Sejamos Todos Feministas

Autor (a):Chimamanda Ngozi Adichie

Editora: Companhia das Letras

Ano: 2014

Nº de pág.: 36

Nota: Cinco estrelas (favoritado)

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Sinopse

O que significa ser feminista no século XXI? Por que o feminismo é essencial para libertar homens e mulheres? Eis as questões que estão no cerne de Sejamos todos feministas, ensaio da premiada autora de Americanah e Meio sol amarelo."A questão de gênero é importante em qualquer canto do mundo. É importante que comecemos a planejar e sonhar um mundo diferente. Um mundo mais justo. Um mundo de homens mais felizes e mulheres mais felizes, mais autênticos consigo mesmos. E é assim que devemos começar: precisamos criar nossas filhas de uma maneira diferente. Também precisamos criar nossos filhos de uma maneira diferente."Chimamanda Ngozi Adichie ainda se lembra exatamente da primeira vez em que a chamaram de feminista. Foi durante uma discussão com seu amigo de infância Okoloma. Não era um elogio. Percebi pelo tom da voz dele; era como se dissesse: Você apoia o terrorismo!. Apesar do tom de desaprovação de Okoloma, Adichie abraçou o termo e em resposta àqueles que lhe diziam que feministas são infelizes porque nunca se casaram, que são anti-africanas, que odeiam homens e maquiagem começou a se intitular uma feminista feliz e africana que não odeia homens, e que gosta de usar batom e salto alto para si mesma, e não para os homens.Neste ensaio agudo, sagaz e revelador, Adichie parte de sua experiência pessoal de mulher e nigeriana para pensar o que ainda precisa ser feito de modo que as meninas não anulem mais sua personalidade para ser como esperam que sejam, e os meninos se sintam livres para crescer sem ter que se enquadrar nos estereótipos de masculinidade. Sejamos todos feministas é uma adaptação do discurso feito pela autora no TEDx Euston, que conta com mais de 1 milhão de visualizações e foi musicado por Beyoncé.

Resenha

Essa é uma Palestra, modificada, dada pela nigeriana Chimamanda Ngozi Adichi em Dezembro de 2012 na Conferência anual com foco na África.

         Aqui ela fala e aborda problemas envolvendo as questões de gênero,  nos dando vários exemplos de como mulheres de todo mundo e, principalmente, da Nigéria são subjugadas e transformadas, por grande parte da sociedade, em seres dependentes e inferiores aos homens.

Durante seu discurso,  ela me fez ponderar e repensar a minha visão sobre a sociedade e o termo feminista. Também me fez perceber o quanto nós, mulheres, temos muito ainda pelo que lutar para conquistar o mesmo lugar e direito dos homens na sociedade. 

"Se repertimos uma coisa várias vezes, ela se torna normal. Se vemos uma coisa com frequência, ela se torna normal."
"(...) quanto mais perto do topo chegamos, menos mulheres encontramos."

Uma outra coisa que me fez pensar foi uma entrevista que vi no vlog "Põe na roda", onde eles perguntam para gays afeminados o porquê deles sofrerem tanto preconceito, e um deles resumiu tudo o que os demais disseram ao declarar: "A sociedade acha degradante que nós que nascemos como homens, e com todos os privilégios desse sexo, queiramos ter alguns jeitos femininos". O que ele quis dizer é que hoje em dia, as pessoas não conseguem entender como um homem que tem "tudo" pode querer ser um ser tão mais "frágil, fraco e inferior", como a mulher.

"A cultura não faz as pessoas, as pessoas fazem a cultura.”

Penso que esse livro me fez refletir e analisar muitas atitudes da sociedade e inclusive minhas. Indico a leitura para todos, sejam homens, mulheres, feministas e machistas também. Pois precisamos abrir os olhos, e aceitarmos que sim, existe um problema de gênero, pois esse será o nosso primeiro passo para a evolução. 

A nota que eu dou não poderia ser outra além de cinco estrelas e um favorito. Deixo meu apelo e indicação para que todos tirem uma hora do seu dia para ler e repensar as palavras dessa grande mulher.

Beijos
Carol